Nesta última semana, um novo estudo aumentou o alerta sobre a importância de conscientização ao uso de vapes, os famosos cigarros eletrônicos, que simulam o tabagismo. 

Em um estudo realizado pelo Instituto do Coração (Incor) e pelo Laboratório de Toxicologia da Rede Premium de Equipamentos Multiusuários da FMUSP, revelou que o nível de intoxicação por nicotina nesses aparelhos é de 3 a 6 vezes maior do que em cigarros.

O estudo foi feito em parceria com a Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Na pesquisa, a equipe responsável avaliou 200 voluntários que utilizam de vape diariamente. 

O grupo avaliou o nível de nicotina no corpo dos pacientes e a médica Jaqueline Scholz, diretora do Núcleo de Tabagismo do Incor e coordenadora da pesquisa, revelou detalhes sobre o resultado.

Em nota, a profissional de saúde afirmou que o uso desses eletrônicos pode ser mais prejudicial a saúde do que o cigarro comum: “Indica que a intoxicação por nicotina em quem usa o cigarro eletrônico é tão alta quanto, ou até pior, que nos usuários de cigarro tradicional”.

Em mais informações, Scholz pontua que o uso de qualquer um dos produtos pode fazer ao corpo, entretanto, os vapes possuem o poder de potencializar alguns dos possíveis problemas.

A médica fala também, sobre o perigo do vício que os cigarros eletrônicos podem causar, principalmente na população mais jovem: “Parar de usar o produto por conta própria é uma fantasia. Trata-se de um produto altamente viciante que contém substâncias extremamente tóxicas, que também afetam as pessoas ao redor”.

Desde de 2009, a venda de eletrônicos desse tipo é proibida no Brasil e, em abril deste ano, a decisão foi reforçada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).