Foguetes nucleares podem ser essenciais para acelerar viagens para Marte e melhorar experiências no planeta
A NASA está se preparando para uma nova missão no planeta e estuda um possível uso desses foguetes em breve
Marte é um planeta que ainda gera muita curiosidade nos seres humanos, sendo que muitos deles sonham em visitar esse espaço, que ainda tem muito mistério a ser desvendado. O local tem sido estudado por pesquisadores, mas o tempo de viagem não facilita muito.
A NASA se prepara para uma nova missão a ser realizada no planeta e foi descoberto que os foguetes nucleares podem ser grandes aliados nesse ponto, já que eles podem chegar a Marte duas vezes mais rápido do que a forma tradicional. A instituição estuda a possibilidade de usar esse tipo de recurso.
Dan Kotlyar, professor associado de engenharia nuclear no Instituto de Tecnologia da Georgia, explicou como a energia nuclear pode fazer com que o tempo de viagem até o Planeta Vermelho fique menor com o uso desse recurso. Ele afirmou que os foguetes com combustíveis tradicionais tendem a demorar mais.
“Os sistemas convencionais de propulsão química usam uma reação envolvendo um propelente leve, como o hidrogênio, e um oxidante. Quando misturados, eles entram em combustão e são expelidos rapidamente, fornecendo impulso para o foguete”, explicou Kotlyar.
O professor deu detalhes também sobre o potencial de um foguete alimentado por propulsão nuclear térmica: “Ela usa a fissão nuclear e pode um dia alimentar um foguete que faça a viagem em apenas metade do tempo”, afirmou.
O especialista também explicou que os sistemas de propulsão nuclear térmica iriam usar outro combustível nuclear: “A propulsão nuclear iria ejetar propelente do motor muito rapidamente, gerando alto empuxo. Este alto empuxo permite que o foguete acelere mais rapidamente”.
O professor também destacou que os foguetes nucleares são promissores, mas que é necessário que sejam feitos testes e simulações antes de serem colocados em prática: “Antes dos engenheiros projetarem um motor que satisfaça todos os requisitos, eles precisam começar com modelos e simulações. Simular estes efeitos exige muito poder computacional caro. Meus colegas e eu esperamos que esta pesquisa possa um dia desenvolver modelos que possam controlar o foguete autonomamente”.