Estudos revelam como fatores biológicos elevam o risco de câncer em pessoas mais altas

Pesquisas exploram as razões genéticas e hormonais que podem aumentar a predisposição ao câncer em indivíduos de maior estatura.

Estudos recentes têm indicado que pessoas mais altas apresentam um risco maior de desenvolver diversos tipos de câncer. Segundo o Fundo Mundial para Pesquisa do Câncer, há fortes evidências de que a altura está associada a uma maior probabilidade de surgimento de tumores em órgãos como pâncreas, intestino grosso, útero, ovários, próstata, rins, pele e mamas.

Mas qual seria a razão para essa correlação? Susan Jordan, professora de Epidemiologia da Universidade de Queensland, na Austrália, e Karen Tuesley, pesquisadora de pós-doutorado na mesma instituição, buscaram responder a essa questão em um artigo publicado no site The Conversation.

Elas destacam um estudo intitulado UK Million Women, que revelou que, a cada aumento de dez centímetros na altura, o risco de desenvolver câncer cresce cerca de 16%. Essa tendência é observada em diferentes etnias e níveis socioeconômicos, assim como em estudos que analisaram genes relacionados à altura.

Os resultados sugerem que existe uma base biológica para a ligação entre altura e risco de câncer. Embora as causas não sejam completamente claras, as cientistas apresentam algumas teorias convincentes.

A primeira teoria está relacionada ao número de células no corpo. Pessoas mais altas, por terem órgãos maiores, possuem mais células, aumentando assim as chances de ocorrerem mutações genéticas durante a divisão celular, que podem levar ao desenvolvimento de tumores. Por exemplo, uma pessoa alta tende a ter um intestino grosso mais longo, o que resulta em mais células sujeitas à mutação, aumentando o risco de câncer de intestino grosso.

Essa explicação também pode ajudar a entender por que homens, em média mais altos que mulheres, são mais propensos a desenvolver certos tipos de câncer. No entanto, essa teoria não explica completamente o fenômeno, já que mulheres altas, por exemplo, não têm necessariamente mamas maiores, mas ainda assim apresentam maior risco de câncer de mama.

Outro estudo tentou avaliar essa questão e descobriu que, embora a massa do órgão possa explicar a relação entre altura e câncer em alguns tipos de tumores, havia outros casos em que essa massa não justificava o maior risco.

Por isso, as cientistas sugerem outra teoria: a influência de um hormônio chamado fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1). Esse hormônio, que desempenha um papel crucial no crescimento infantil e na divisão celular em adultos, pode estar relacionado ao risco aumentado de câncer em pessoas mais altas. Pesquisas indicam que níveis elevados de IGF-1 estão associados a um risco maior de câncer de mama e próstata, embora esse achado não seja consistente para todos os tipos de câncer.

As pesquisadoras acreditam que tanto o maior número de células quanto o IGF-1 elevado possam contribuir para a maior incidência de câncer em pessoas altas. No entanto, reconhecem que são necessárias mais pesquisas para esclarecer completamente essa relação.

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