Na manhã desta quinta-feira (03), o Brasil foi pego de surpreso com a notícia da morte de Cid Moreira. O jornalista, que havia acabado de completar 97 anos, no último domingo (29), estava internado há um mês em um hospital em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

De acordo com a nota divulgada pelo hospital, a causa da morte foi falência múltipla de órgãos – uma condição que ocorre quando dois ou mais órgãos vitais perdem a sua função ao mesmo tempo.

Cid já vinha recebendo diálise, há alguns anos, devido a problemas crônicos nos rins. Em meados de 2022, ele chegou a mostrar uma máquina que usava em casa para fazer hemodiálise enquanto dormia.

Apesar do esforço em buscar tratamentos, sua saúde já estava bastante fragilidade. O locutor teve uma piora após um quadro de pneumonia. 

A esposa de Cid chegou a confessar o motivo pelo qual nunca divulgou o estado de saúde do jornalista anteriormente. "Eu não contei para ninguém para ter o direito, como ser humano, de ter privacidade para cuidar dele, esperando que ele voltasse para casa. Fiz o melhor, o que eu pude como ser humano para confortá-lo", desabafou Fátima Sampaio em entrevista ao Encontro, na TV Globo.

Ela, que também é jornalista, revelou os últimos momentos ao lado do amado: "Até ontem a gente estava conversando e tudo, ele ficava olhando com aquela carinha [...] Ele estava cansado, falava: ‘Meu corpo está cansado’. Os últimos anos tinham sido difíceis”, lamentou.

Cid Moreira, figura icônica do telejornalismo brasileiro, foi o primeiro âncora do Jornal Nacional. Ele deixa dois filhos: Rodrigo, fruto do casamento com Olga Verônica; e Roger, que foi adotado.