Entre os problemas que mais chamaram a atenção da população mundial, neste ano de 2025, estão os incêndios que atingem Los Angeles, há algumas semanas. Ao mesmo tempo em que os bombeiros tentam controlar as chamas, é debatida uma possível solução para esse tipo de problema no futuro: há estimativas de que a tecnologia possa ser usada em breve para ajudar a descobrir quando haverá focos de incêndio.
Um grupo de pesquisadores - que é formado por cientistas e engenheiros - afirma que está crescendo cada vez mais a disponibilidade de dados de satélite, além de estarem sendo desenvolvidos novos equipamentos à órbita. Com isso, pode ser identificado quando há risco em uma área intensamente seca.
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Clement Albergel, chefe de informações climáticas da Agência Espacial Europeia, falou sobre a importância dos satélites para identificar áreas que são consideradas como propensas para acontecer incêndios florestais.
"Os satélites podem detectar áreas espaciais que são secas e propensas a incêndios florestais, ambientes em chamas e casos latentes, bem como áreas queimadas e emissões de fumaça, e rastrear emissões de gases. Podemos aprender com todos esses tipos de elementos", explicou.
Já Natasha Stavros, da WKID Solutions, que também é especialista na área de incêndios florestais, falou sobre o monitoramento em Los Angeles: "Em Los Angeles, há observações de satélite, mas é muito difícil determinar: é minha casa que está pegando fogo? Onde exatamente é isso?", pontuou.
Investimento em novos equipamentos
Brian Collins, diretor da organização sem fins lucrativos Earth Fire Alliance, destacou que está sendo planejada uma nova constelação de satélites de órbita baixa que pode ser usada para identificar até mesmo incêndios de pequenas proporções: "Isso significa que vamos aprender muito rapidamente que há mais fogo na Terra do que sabemos hoje. Vamos encontrar fogos muito pequenos".
A instituição pretende lançar quatro satélites até o final de 2026, com o custo de US$ 53 milhões. O objetivo dos novos equipamentos é entregar alertas de incêndio florestal ultrarrápidos e dados térmicos de alta qualidade, o que pode contribuir com o trabalho dos órgãos ambientais e do Corpo de Bombeiros.