O avanço da tecnologia já demonstrou que algumas profissões ficaram realmente para trás, mas os novos recursos também ajudam a impulsionar outras áreas da economia. Um estudo feito pelo Fórum Econômico Mundial em 55 países trouxe um levantamento que estima que as novas tecnologias elevarão, até 2030, em 78 milhões o número de postos de trabalho no mundo.
A pesquisa divulgada na primeira quinzena de janeiro apontou que o avanço tecnológico deverá criar 170 milhões de vagas de empregos e tornar ultrapassados 92 milhões, o que resulta em um saldo de 78 milhões, ou 7% dos postos estudados.
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O estudo indicou também que as novas áreas de trabalho estarão relacionadas com as atividades de especialistas em Big Data, especialistas em inteligência artificial, desenvolvedores de software e aplicações, especialistas em gestão de segurança, especialistas em armazenamento de dados, especialistas em veículos elétricos e autônomos, entre outras.
Ainda segundo a pesquisa, as profissões que vão sofrer declínio nos próximos anos são: trabalhadores de impressão, vendedores de jornal, operadores de entrada de dados, caixas e atendentes, contadores, auxiliares de contabilidade, condutores de transporte e outras.
Hugo Tadeu, diretor da Fundação Dom Cabral, uma das instituições envolvidas no estudo, falou sobre a presença da tecnologia no mercado de trabalho: “A gente está dizendo com total clareza que essa demanda por tecnologia, ela, sim, vai gerar postos de trabalho. Temos uma leitura muito benéfica para o mercado de trabalho, não é à toa, são milhões de novos empregos que devem ser criados, desde que as empresas tenham o compromisso de fazer os investimentos devidos”.
Mercado brasileiro
A pesquisa apontou também que nove empresas consultadas no Brasil, disseram que pretendem aprimorar as habilidades em tecnologia: “É importante chamar a atenção: a área de gestão de pessoas no Brasil está um bocadinho precisando fazer uma atualização para entender que o mundo está mudando e, nesse sentido, orçamento, investimento, capacitação e treinamento são agendas importantes”.
O levantamento também mostrou que 37% das habilidades dos trabalhadores brasileiros deverão mudar nos próximos cinco anos, envolvendo áreas de inteligência artificial, Big Data, alfabetização tecnológica e lógica geral.