Há dez anos, a Meta vem desenvolvendo óculos de realidade aumentada (AR) totalmente holográficos. Diferente da linha Quest ou dos Ray-Ban Meta, o Orion, anteriormente conhecido como Projeto Nazaré, pretende ser um par de óculos comum com capacidade imersiva de AR. Atualmente, a empresa está disponibilizando o protótipo para funcionários e pessoas selecionadas de fora da companhia para experimentarem e desenvolverem produtos de AR.
O Orion permite ao usuário visualizar um grande display holográfico que mistura a realidade física com a virtual. O conteúdo e as experiências podem ser posicionados na tela em 2D ou 3D, conforme desejado.
O Orion integra inteligência artificial contextual (Meta AI), capaz de entender o ambiente ao redor e agir proativamente. Pesando cerca de 100 gramas, o dispositivo pode ser usado tanto em ambientes internos quanto externos, permitindo que as pessoas vejam os rostos, olhos e expressões dos usuários.
No entanto, o Orion ainda precisa de alguns ajustes antes de ser lançado ao mercado. “Estamos chegando perto de realizar nossos sonhos de ter uma plataforma computacional que gere uma sensação de presença. Já atingimos a maioria dos nossos objetivos, mas temos trabalho em algumas áreas até disponibilizar o produto. Vamos mudar o display para ser mais nítido, diminuir seu tamanho para ficar mais estiloso e fazer com que fique mais acessível economicamente”, explicou Mark Zuckerberg, CEO da Meta, durante o Meta Connect desta quarta-feira, 25.
Ao contrário dos óculos inteligentes Ray-Ban Meta, que permitem gravações de vídeos, fotos e áudio, o Orion pretende ser uma combinação desses com o Quest, oferecendo jogos, telas multitarefas, entretenimento em tela grande e hologramas em tamanho real de pessoas.
Meta AI no Orion
O assistente virtual Meta AI está integrado aos óculos holográficos. Segundo a empresa, a inteligência artificial entende o que o usuário está vendo no mundo físico e pode ajudar com explicações. Por exemplo, ao abrir a geladeira, o usuário pode pedir uma receita com os ingredientes disponíveis ou realizar uma videochamada enquanto consulta o calendário e realiza outras atividades no mundo físico.
Sem smartphone, mãos livres e próximos passos do Orion
A ideia é que o Orion não precise se conectar a um smartphone, podendo acessar diretamente a Internet. Será possível se manter conectado no WhatsApp ou Messenger para visualizar ou enviar mensagens.
A Meta pretende realizar ajustes na qualidade do display de realidade aumentada para torná-lo mais nítido, reduzir ainda mais o produto e escalar a produção para tornar os óculos mais acessíveis.
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