É notório que um dos principais setores que movimentam a economia brasileira é a agricultura. Para se ter uma noção, em 2024, o PIB do agronegócio brasileiro foi de R$ 2,45 trilhões, sendo R$ 1,65 trilhões no setor agrícola e R$ 801 bilhões no setor pecuário.
Esse valor pode chegar a ganhar um grande aumento já que a produção pode ser melhorada através de alguns métodos, e entre eles está o avanço da tecnologia em campo, que oferece alguns benefícios para os produtores rurais.
Em algumas fazendas, é comum de se ver sendo plantada primeira a soja, depois o milho e por fim o capim, que engorda o gado. As ferramentas tecnológicas podem oferecer o melhoramento genético de irrigação e uso do plantio direto.
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Esse cenário vem sendo colocado em prática em algumas regiões, e com isso o Brasil está em uma posição única no mundo: a colheita de três safras por ano numa mesma área, o que demonstra a força da tecnologia para o setor agrícola e que pode ser a tendência no futuro.
Vale lembrar que o uso do solo durante todo o ano traz uma vantagem competitiva para o Brasil em relação a nações do Hemisfério Norte, já que alguns países precisam parar de produzir por causa dos efeitos causados pelo inverno.
Em uma entrevista para o jornal O Globo, Roberta Carnevalli, chefe de pesquisa da Embrapa Soja, falou sobre o uso da tecnologia no setor agrícola: “A tecnologia para a produção de três safras já está dominada. Esta é uma vantagem do Brasil em relação aos países onde há neve”.
Na região de Capão Bonito, a 243 quilômetros da capital paulista, o agricultor Emilio Kenji Okamura revelou que tem conseguido fazer até três safras no mesmo ano em uma área de 300 hectares com soja, feijão e trigo ou sorgo na terceira safra: “O plantio da próxima cultura acontece simultaneamente ao da colheita da anterior. Com melhoramento genético, temos ciclos mais precoces, e a irrigação é importante para os períodos mais secos”.
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