Pesquisadores desenvolvem tecnologia que dobra o tempo de durabilidade do morango
O estudo beneficia clientes de estabelecimentos comerciais já que menos pessoas vão comprar produtos estragados, além de ajudar produtores e comerciantes
Muitas pessoas consomem morangos no dia a dia, mas assim como outros alimentos, eles também podem estragar depois que se passam alguns dias. Geralmente, o morango tem durabilidade aproximada de 7 dias, mas esse tempo pode dobrar, segundo uma tecnologia desenvolvida na Universidade do Norte Fluminense (UENF), localizada no município de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro.
A pesquisa tem o objetivo de impedir que as pessoas comam morangos estragados, e ao mesmo tempo traz benefícios para o comerciante, que poderá deixar os produtos mais tempo nas prateleiras já que a duração é maior, diminuindo a taxa de desperdício.
A tecnologia foi desenvolvida no Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias. Fabiana Rocha, pesquisadora que participa do projeto, explicou quais são os métodos usados: "Com relação aos métodos, nós extraímos o óleo essencial e adicionamos o revestimento de forma natural fazendo com que qualquer pessoa possa consumir o produto sem preocupação", afirmou.
"O objetivo principal é ter uma durabilidade maior dos morangos para que eles possam ter uma vida maior de prateleira, porque normalmente ele tem uma probabilidade de se deteriorar muito rápido", explicou a pesquisadora.
Gabriel Barbosa Xavier, pesquisador que também está envolvido no estudo, falou sobre como o projeto contribui no combate do fungo: "O principal fungo que se desenvolve no morango é o botrytis cinerea, e o óleo essencial da pimenta rosa atinge esse fungo e consegue inibir o crescimento dele durante um certo tempo, o que faz com que o morango fique mais preservado. É uma tecnologia nova e eficiente, em que já foram feitas várias análises que deram um feedback positivo", explicou.
Consequências de comer alimentos estragados
Para quem come um morango ou qualquer outro alimento estragado, há vários malefícios que podem ser causados para o organismo a partir dessa atividade, sendo que as pessoas também podem desenvolver doenças em alguns casos mais graves.
Entre os problemas mais comuns a partir deste ato impróprio, estão a intoxicação alimentar, diarreia, vômitos, dor abdominal, febre, mal-estar, desidratação, náuseas, cólicas, dor abdominal, perda de peso e queda da pressão arterial.