Diretor de “O Mal que Nos Habita” revela se filme é baseado em fatos reais

Em alta na Netflix, filme aborda possessão demoníaca e mistura elementos visuais com paranoia, jumpscares e rituais

Nesta última semana, o lançamento de “O Mal que Nos Habita”, longa de terror que chegou à Netflix, vem chamando a atenção do público em geral por sua história, se tornando um dos filmes mais assistidos da plataforma, ao entrar em seu Top 10. 

Apesar de ter sido lançado em 2023, o filme argentino chegou ao catálogo da plataforma a pouco tempo e conta a história de dois irmãos, que vivem isolados em um sítio, na Argentina. 

Em determinada noite, os rapazes escutam barulhos estranhos vindo do lado de fora de casa e partem em busca da fonte do som é quando encontram, no meio do caminho, um corpo mutilado e evidências de que a pessoa estava em busca de um demônio.

Em sequência, eles descobrem que o demônio em questão acabou por tomar posse da vítima e, temendo o pior, decidem se livrar de seu corpo. Contudo, os rapazes acabam não seguindo o ritual correto e terminam por desencadear uma série de problemas, afetando outras pessoas. 

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Longa argentino chama atenção do público por cenas marcantes. Imagem: Netflix.

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O Mal que Nos Habita é baseado em fatos reais?

Com o sucesso do filme, o diretor da trama, Demián Rugna, abriu o jogo e revelou se a história é baseada em fatos reais, já que possui semelhanças com casos de possessão e paranoias. 

Durante o evento Fantastic Fest, realizado no Texas, Estados Unidos, Demián explicou que O Mal que Nos Habita não é baseado em uma história real, mas sim em um caso que ocorre nas regiões rurais na Argentina.

Segundo o diretor, o uso massivo de agrotóxicos na área vem causando problemas de saúde aos trabalhadores, como câncer. O uso de pesticidas e a distância do local torna o combate e a conscientização ainda mais difíceis.  

No evento, Demián revelou que o produto utilizado tem como função matar pragas: “Muitas pessoas que trabalham nos campos acabam sendo diagnosticadas com câncer. Há crianças com câncer, porque elas também são trabalhadores dessas áreas. E ninguém fala sobre isso”.

Baseado nisso, o diretor teve a ideia de alterar o contexto para o filme e, ao invés de um produto agrícola, trabalhar com possessões demoníacas: “Quando resolvi fazer um filme sobre exorcismo, pensei: 'Tudo bem, mas o que aconteceria se as pessoas não conseguissem encontrar um padre? Mas o que acontece se eles estiverem no meio do nada, em uma casa pobre e em um local onde ninguém se importa?”.

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