Apagão cibernético: O que é a CrowdStrike? Empresa culpada pela queda mundial
Empresa foi responsável por apagão que impediu voos e usos de aplicativos de bancos
Na manhã desta sexta-feira (19/07), a notícia sobre um apagão cibernético que tomou conta de quase todo o mundo surpreendeu os internautas. Em meio ao caos, uma empresa foi apontada como responsável pelo caso: a CrowdStrike.
Momentos após o apagão, que interferiu em voos nos Estados Unidos e até mesmo no funcionamento de bancos no Brasil, o Coordenador Nacional de Segurança Cibernética da Austrália informou que isso teria acontecido devido a uma “interrupção técnica em grande escala”.
Essa interrupção teria sido causada por um problema com uma “plataforma de software de terceiros”, a Falcon, plataforma criada pela empresa de cibersegurança Crawford.
Criada em 2013, a Falcon foi o primeiro produto lançado pela CrowdStrike e fornece proteção de endpoint e inteligência contra ameaças. Seu trabalho de ponta fez com que a empresa se tornasse referência no uso de inteligência artificial e de máquinas para impedir ações de hackers.
O que a ferramenta faz?
Em seu papel de vigilante, uma atualização na ferramenta teria apontado inúmeros “falsos positivos” na busca de processos considerados maliciosos e perigosos, fazendo com que processos comuns se tornarem elegíveis de serem bloqueados.
O falso positivo acabou interferindo diretamente no trabalho de inúmeras corporações e empresas, que tiveram seus sistemas afetados, como foi o caso de instituições financeiras no Brasil.
O empresário George Kurz, CEO da CrowdStrike, chegou a se pronunciar sobre o assunto e afirmou que o problema se iniciou após um “defeito na atualização de conteúdo” da Falcon. Essa falha teria atingido aparelhos que rodam com o programa Windows.
Graças a isso, a própria Microsoft foi afetada pelo apagão, assim como outras empresas que usam de seus aplicativos e serviços. Aparelhos que utilizam Mac e Linux, por exemplo, não foram afetados.