Ainda Estou Aqui, novo filme do renomado diretor Walter Salles, foi escolhido para representar o Brasil na corrida por uma vaga no Oscar 2025. O longa, que aborda um período sombrio da história brasileira, tem estreia marcada nos Estados Unidos em 17 de janeiro, quando será exibido por uma semana em Nova York e Los Angeles. A exibição faz parte da estratégia para garantir a elegibilidade do filme ao Oscar, antes de sua chegada aos cinemas de todo o país em 14 de fevereiro.

O filme é ambientado no Brasil de 1971, durante os anos de repressão da ditadura militar. Baseado nas memórias do escritor Marcelo Rubens Paiva, Ainda Estou Aqui conta a história de Eunice Paiva, mãe de cinco filhos, que vê sua vida mudar drasticamente após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva. Ele é sequestrado e desaparece sob custódia da Polícia Militar. Forçada a lidar com a ausência do marido e as incertezas sobre seu paradeiro, Eunice se reinventa como ativista e passa a lutar por respostas em um ambiente cada vez mais opressor.

O elenco do filme conta com grandes nomes do cinema brasileiro. Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva, enquanto Selton Mello dá vida a Rubens Paiva. Além disso, Ainda Estou Aqui traz a participação especial de Fernanda Montenegro, considerada uma das maiores atrizes do país. A presença dessas estrelas agrega ainda mais peso ao longa, que marca o retorno de Walter Salles à direção de longas-metragens após 12 anos.

A sinopse oficial do filme destaca o período de tensão vivido pela família Paiva no início dos anos 1970, quando o endurecimento do regime militar no Brasil resultou em perseguições e desaparecimentos políticos. A trama acompanha o drama pessoal de Eunice, que, após a prisão do marido, se vê diante de uma jornada em busca da verdade sobre o destino dele.

A narrativa é ambientada em um Rio de Janeiro que vive sob a sombra da repressão e da censura, mas também é um retrato da resiliência e da força de uma mulher em meio a tempos difíceis.

Ainda Estou Aqui chega aos cinemas brasileiros em 7 de novembro, prometendo sensibilizar o público com sua abordagem histórica e humana. O filme é o primeiro de Walter Salles desde Na Estrada (2012), e a expectativa em torno de sua recepção crítica e comercial é alta, tanto no Brasil quanto internacionalmente.