O ator Val Kilmer, conhecido por seus papéis em Hollywood, faleceu aos 65 anos nesta terça-feira (1º) em Los Angeles, na Califórnia.
Segundo sua filha, Mercedes Kilmer, em entrevista ao New York Times, a causa da morte foi pneumonia.
Kilmer havia sido diagnosticado com câncer de garganta em 2014, do qual se recuperou posteriormente. Durante o tratamento, ele passou por uma cirurgia de traqueostomia que alterou sua voz.
Nos últimos anos, o ator se afastou da atuação, mas retornou ao papel de Tom “Iceman” Kazansky no filme “Top Gun: Maverick” (2022). A sequência integrou os problemas de saúde de Kilmer à narrativa, onde o personagem também enfrentava uma doença na voz.
Com este que foi um de seus últimos trabalhos no cinema, Val Kilmer concluiu uma carreira notável e de sucesso em Hollywood.
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Carreira de Val Kilmer
Os filmes de Val Kilmer arrecadaram aproximadamente US$ 2 bilhões em bilheterias mundiais, de acordo com a Comscore.
Sua trajetória como ator teve início no teatro. Nascido e criado no Vale de San Fernando, na Califórnia, estudou na Hollywood Professional School antes de se mudar para Nova York, onde, aos 21 anos, tornou-se o aluno mais jovem a ser aceito no departamento de teatro da Julliard School na época.
Sua estreia no cinema ocorreu na comédia “Top Secret!” (1984), e ele participou de diversos filmes ao longo da década de 1980, incluindo seu papel de destaque em “Top Gun” (1986).
Na década de 1990, Kilmer estrelou uma série de filmes de sucesso em diversos gêneros: filmes de super-herois como “Batman Eternamente” (1995), onde interpretou o Batman; faroestes como “Tombstone” (1993); cinebiografias como Jim Morrison em “The Doors” (1991); e filmes policiais como “Heat” (1995).
Documentário
Em “Val” (2021), um documentário sobre sua vida e carreira, Kilmer compartilhou interações gravadas ao longo dos anos com sua família e em sets de filmagem, incluindo cenas de bastidores de “Tombstone” e momentos de descontração do elenco de “Top Gun”:
“Estávamos todos no início de nossas carreiras”, relembrou Kilmer.
Na época do documentário, ele se recuperava da cirurgia de câncer na garganta, e seu filho, Jack, narrou o texto escrito pelo ator, com uma voz semelhante à do pai.
Kilmer frequentemente expressou seu desejo de trabalhar com certos diretores, mostrando vídeos de audições para papeis em “Os Bons Companheiros” e “Nascido para Matar”, buscando impressionar Martin Scorsese e Stanley Kubrick, respectivamente. Ele também documentou seu processo de audição e preparação para interpretar Jim Morrison em “The Doors”.
No documentário, expressou entusiasmo sobre o futuro:
“Eu me comportei de forma bizarra com alguns. Não nego nada disso e não me arrependo porque perdi e encontrei partes de mim que nunca soube que existiam. Sou abençoado”.
Crenças
Val Kilmer se identificava como cientista cristão, e falou abertamente em entrevistas sobre sua fé e crenças. Em uma entrevista de 2020 para a Men’s Health, o ator abordou a doença sob a perspectiva de sua fé:
“Bem, algo que foi reafirmado para mim — em tal nível, foi quase chocante — foi uma sensação de amor universal, um tipo de poder e uma sensação diferente de amor. Estava entrando na minha consciência e no meu corpo enquanto eu estava no hospital”, disse, acrescentando que não “acreditava na morte”.
Filhos
Os filhos mais novos de Val Kilmer também são atores e colaboraram em projetos com o pai. Kilmer atuou ao lado de Mercedes no filme de 2020 “Paydirt”, e Jack, além de narrar o documentário “Val”, emprestou sua voz ao personagem do pai na série “Willow” da Disney+.
Apesar de sua condição de saúde na época do documentário de 2021 e de tragédias pessoais, como a morte de seu irmão mais novo aos 15 anos, Kilmer descreveu sua vida como “mágica”.