Nesta quarta-feira (29), foi celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans, e a nora de Glória Menezes, Mocita Fagundes, casada com Tarcísio Filho, enalteceu a sogra por, mesmo aos 90 anos, ter respeitado a transição de seu neto, Theo Fagundes, que é um jovem trans. Tarcísio não teve filhos, mas é padrasto dos três filhos de Moacita.
"Família, antes de mais nada, é entender, acolher, proteger, respeitar. É dar espaço e liberdade para ser quem se é. Como alguns sabem, tenho um filho transgênero, meu Theo Fagundes. Vivi um luto, sim. Mas um luto muito respeitoso, um luto só meu. E passou muito rápido. Me resolvi muito bem com ele", começou Mocita em um post no Instagram.
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Mocita continuou: "Logo, o luto deu espaço ao que chamei carinhosamente de RENASCIMENTO. E assim como fiquei enlutada, vi um filho lindo e vibrante renascer. Um filho feliz. Finalmente feliz. E foi emocionante ver o quanto ele se libertou na sua nova (e verdadeira) identidade de gênero. Afinal, quem somos nós para interferir na identidade de alguém? Não somos ninguém. No que isso nos afeta? Em nada."
Reação de Glória Menezes
A nora da atriz contou como foi dar a notícia à avó de Theo sobre sua nova identidade: "Nunca vou esquecer a reação da Glória, uma mulher de 90 anos, quando soube da transição do Theo. Ela falou… '-E daí?' (e sorriu)", relatou.
“Nunca mais ela chamou o Theo pelo 'nome morto'. Nunca se enganou. Nunca errou. E ela tem 90 anos. Na minha bolha de afeto, na minha família, a EMPATIA sempre foi soberana. E nem precisava ser mãe do menino trans mais lindo desse mundo para lutar por essa causa. Respeito à comunidade trans. Sempre", ressaltou.
Dia Nacional da Visibilidade Trans
Criado há mais de 20 anos, o Dia Nacional da Visibilidade Trans é celebrado em 29 de janeiro. Nesta data, a comunidade trans reforça a luta por inclusão, respeito e pelo direito de viver em paz, como afirma a presidente da Antra, Bruna Benevides.
"Nesses mais de 20 anos que a gente celebra, estamos sempre pedindo direitos, inclusão social, não retrocessos e todas as coisas que vão emancipar nossa população. E, assim, essa data vai contribuindo a cada dia para a conscientização e o combate à transfobia. Primeiro foram as pessoas trans que começaram a fazer esse movimento. Hoje, eu acho que essa data representa muito mais do que uma data que só apresenta números. Ela representa, de fato, ações para a população", disse ela.