Claudia Raia deu uma entrevista para Manuel Luis Goucha, do programa Goucha, em Portugal, e chocou ao informar que presenteou sua filha de 12 anos com um vibrador. Ela explicou os motivos, mas o trecho do bate-papo causou uma reação negativa imediata.
“Quando a Sophia fez 12 anos, eu dei um vibrador pra ela e disse, ‘vá se investigar, vá saber do que você gosta’. Hoje é prescrição médica, isso não é mais invenção. Eu escolho o vibrador que eu quiser dependendo do meu ‘mood’”, disse ela ao ser questionada sobre o assunto.
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“Isso é uma vaginaterapia”, brincou o apresentador ao ouvir o relato. “Claro. E a vagina tem que ser muito bem cuidada. A pepeca, como a gente diz no Brasil”, rebateu Claudia Raia. “A pepeca é um nome engraçado”, pontuou Goucha. “A pepequinha”, disse a atriz.
Cristiano Caporezzo, deputado estadual do PL por Minas Gerais, abriu uma denúncia contra Claudia Raia pela declaração, que pegou muito mal junto ao público. Na notícia-crime, o parlamentar acusa a atriz de ter cometido crime previsto no artigo 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por “exposição de conteúdo inadequado a menores de idade”.
“A noticiada, Claudia Raia, como figura pública amplamente reconhecida e influente na sociedade brasileira, utilizou-se de seu prestígio e visibilidade em uma rede pública de televisão para relatar condutas que podem configurar crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código Penal", diz o pedido.
"E, muito mais grave do que os fatos acima descritos, é que, na condição de artista famosa, ela divulgou os crimes cometidos contra a própria filha em uma clara e inequívoca conduta de normalização, reforço e incentivo dessas práticas”, diz a denúncia de Caporezzo.
“Essa atitude, além de ser imprudente, configura um perigo social, pois incentiva outros pais e responsáveis a adotarem práticas similares, em afronta direta à legislação vigente e à moralidade pública. Essa exposição em rede pública reforça a necessidade de uma atuação enérgica das autoridades para coibir discursos que incentivem a violação de direitos infantojuvenis e para prevenir danos irreparáveis à sociedade”, ponderou o parlamentar.