Léo Batista, renomado jornalista esportivo, faleceu neste domingo, 19, aos 92 anos. Ele estava internado em um hospital no Rio de Janeiro desde 6 de janeiro, após apresentar um quadro de desidratação e dores abdominais. Durante os exames, foi identificado um tumor que agravou seu estado de saúde, culminando na internação na UTI. Apesar dos esforços médicos, ele não resistiu, conforme anunciado pelo Globo Esporte, programa ao qual dedicou grande parte de sua carreira.
Natural de Cordeirópolis, São Paulo, Léo Batista iniciou sua carreira aos 15 anos, como locutor em um serviço de alto-falante de sua cidade natal. Nascido João Baptista Bellinaso Neto, adotou o nome artístico em homenagem à irmã, Leonilda.
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Sua trajetória no rádio começou na Rádio Difusora de Piracicaba, cobrindo o XV de Piracicaba na primeira divisão do Paulistão. Com a chegada da televisão no Brasil em 1950, Léo decidiu ingressar no meio, marcando seu nome no jornalismo esportivo.
Em 1955, tornou-se âncora do Telejornal Pirelli, da extinta TV Rio, permanecendo por 13 anos. Sua entrada na TV Globo ocorreu em 1970, inicialmente para cobrir a Copa do Mundo no México.
Posteriormente, assumiu o comando de telejornais como Jornal Nacional, Jornal Hoje e programas esportivos como Globo Esporte e Esporte Espetacular. Seu pioneirismo também se destacou ao narrar momentos históricos, como o primeiro jogo de Mané Garrincha pelo Botafogo e a morte de Getúlio Vargas.
A dedicação de Léo Batista à TV Globo atravessou décadas, sendo reconhecido como um dos profissionais mais versáteis da emissora. Em 2024, a série documental Léo Batista, A Voz Marcante, lançada no Globoplay, celebrou sua trajetória em quatro episódios. Admirado por colegas como Galvão Bueno e Luís Roberto, ele inspirou gerações com sua habilidade em comunicar e improvisar, características destacadas por Boni, ex-diretor da Globo.
Viúvo desde 2022, Léo Batista perdeu a esposa, Leyla Chavantes Belinaso, após um afogamento em casa. Mesmo com perdas e a idade avançada, ele nunca considerou a aposentadoria, afirmando que “quem vai me aposentar é o homem lá de cima”. O jornalista deixa um legado inestimável para o jornalismo esportivo brasileiro e será lembrado por sua contribuição para a comunicação no país.