Samara Felippo se pronunciou sobre o caso do assento de avião que viralizou nas redes sociais. A atriz defendeu a mãe da criança envolvida na situação, destacando o linchamento virtual que se seguiu. "Queria trazer aqui pontos que me incomodam muito dessa história toda do avião: da mãe, da moça que não quis levantar e das pessoas que expuseram", declarou em um vídeo no Instagram.
A mãe, identificada como Aline, esclareceu os acontecimentos e pediu desculpas, afirmando não ter sido responsável pela divulgação das imagens. Posteriormente, descobriu-se que a advogada Eluciana Íris Almeida Cardoso foi quem compartilhou o vídeo.
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Samara destacou o peso enfrentado por Aline, mãe de três filhos, incluindo um cadeirante. "Uma mãe de um filho de 4 anos, cansada, exausta, e outra menina de 11 anos. Essa mãe falou para o menino assim que ele pediu: 'Não. O assento é da moça'. E ela, como mãe, teve que arcar com o escândalo, a birra dessa criança", afirmou.
O perigo da narrativa única, segundo Samara Felippo
A atriz questionou o julgamento direcionado exclusivamente à mãe e a ausência de críticas ao pai da criança. "Ninguém pergunta desse pai", disse Samara, reforçando que mães frequentemente carregam o peso de situações delicadas. Ela também alertou sobre os perigos do linchamento virtual, citando Chimamanda Ngozi e a ideia de "O Perigo da História Única". Para Samara, essa narrativa única levou a sociedade a destruir a reputação de Aline sem considerar outras perspectivas.
Samara condenou a pessoa que gravou e compartilhou o vídeo, ampliando a exposição de todos os envolvidos. "Estou aqui para julgar, sim, uma pessoa: a pessoa que filmou e expôs tanto a Jennifer quanto essa mãe", afirmou.
A atriz classificou o episódio como reflexo de uma sociedade "que odeia mulheres, mães e crianças". Ela também criticou a exploração midiática da polêmica, observando que Jeniffer Castro, a outra passageira envolvida, ganhou seguidores e oportunidades publicitárias com o caso.
Concluindo seu depoimento, Samara expressou solidariedade à mãe e destacou que a confusão começou porque o filho de Aline queria sentar perto da avó. "Essa mãe já tinha uma janela para essa criança sentar, mas ela queria ficar perto da avó. Uma vez que ouviu um não, ela tentou controlar essa criança", explicou. A atriz lamentou o preconceito expresso nas redes sociais e reforçou sua crítica ao tratamento dado ao caso. "Vivemos em uma sociedade doente, misógina, homofóbica, racista", finalizou.