O rapaz que aparece em um recente vídeo, onde acusa ter sofrido uma agressão por parte de um motorista, voltou às redes sociais para se pronunciar sobre o assunto e se defendeu dos ataques que vem recebendo. Na gravação, Carlos Vera Cruz, alegou ter sido vítima de preconceito.
A história se popularizou após um motorista de aplicativo tornar público o momento onde Carlos o acusa de agressão, chegando a gravar um vídeo em seu próprio celular para denunciar a ação. O carro onde o passageiro era transportado contava com uma câmera interna, que revelou não ter ocorrido agressão física.
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Carlos alega, entretanto, que a agressão sofrida por si estava relacionada a supostas ações racistas do motorista contra ele: “Ele já tinha feito a agressão à minha pessoa, no caso a agressão foi o racismo”, conta o jovem.
De acordo com o relato, tudo teria se iniciado após o passageiro pedir que o motorista seguisse um caminho diferente do GPS: “O aplicativo GPS estava dando um caminho que vocês sabem que às vezes o GPS coloca um caminho que não é o caminho real. E eu solicitei a ele que fosse por outro caminho, um caminho que não teria muita alteração, pois o destino seria o mesmo”.
Carlos alega que o motorista teria entendido o pedido como algo ruim: “Mas esse motorista, por eu ser um homem negro e ele ser um senhor branco, achou que àquela altura eu estaria fazendo alterações para talvez, quem sabe, assaltá-lo ou algo desse jeito. E aí ele solicitou que eu descesse do carro”.
O homem se defende e pontua que iniciou a gravação em seu celular, após o motorista pedir que ele descesse do veículo, antes do fim da corrida: “Mas a reação, na verdade, é por conta dele ter pedido para eu sair do veículo e querer me deixar ali, no meio da rua. Como eu falei pra ele que eu iria procurar os meus direitos na Uber, que eu ia gravar, que ele estava pedindo pra eu descer, que eu ia levar esse vídeo para a Uber, ele pegou e começou a gravar a minha reação”.
Ele também falou sobre a forma como a história chegou ao público: “E disse que aquela reação era apenas pelo que eu estava pedindo pra fazer a alteração de destino e ele não queria, quando na verdade foi quando ele pediu pra eu me retirar do carro”.
“Assim que eu desci do carro, eu fiz a denúncia à Uber e fui trabalhar, não imaginava que esse circo todo ia acontecer. Mas eu queria dizer o seguinte, que a vítima, no caso eu, o preto, sempre passo por isso. Qualquer tipo de alteração que a gente peça, nós, homens pretos, estamos sempre querendo montar uma casinha para os motoristas brancos”, finalizou.