Médico explica como a doença afeta o cerebro de Maurício Kubrusly: "Atrofia"

Globoplay lança documentário sobre Maurício Kubrusly, revelando impacto da demência no cérebro

Maurício Kubrusly, reconhecido por sua marcante trajetória no jornalismo brasileiro, é tema de um documentário que estreia nesta quarta-feira (04) na Globoplay. Intitulado Kubrusly: mistério sempre há de pintar por aí, a obra explora a vida do jornalista de 79 anos, que enfrenta a demência frontotemporal (DFT), uma doença neurodegenerativa que impacta profundamente o cérebro e a qualidade de vida dos pacientes.

A DFT, sem cura, é caracterizada pela degeneração dos lobos frontais do cérebro, podendo causar alterações comportamentais, perdas de memória e dificuldades na comunicação. O neurologista Mateus Trindade, presente no documentário, detalha como a doença afetou o cérebro de Kubrusly.

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“No caso do Kubrusly, ele está dilatando para compensar a perda neuronal. Um cérebro normal tem muito mais áreas cinzas do que brancas. Quanto maior a atrofia, mais branquinho fica e menos cérebro ele vai tendo. O lado esquerdo dele está mais comprometido que o direito”, explicou o especialista, destacando os impactos na linguagem e na percepção ambiental.

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Mauricio Kubrusly quando trabalhava no Fantástico - Foto: Globo

Curiosamente, Kubrusly apresenta um quadro sem agressividade, algo incomum entre pacientes com DFT. O neurologista associa essa característica ao menor comprometimento do lado direito do cérebro, que também preserva a relação do jornalista com a música.

A paixão por melodias se tornou um ponto de conexão em meio às dificuldades da doença. “Com música, é imediato. É a praia dele. Ele reconhece, diz ‘isso é bom’”, relatou Beatriz Goulart, esposa de Kubrusly.


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Mauricio Kubrusly quando trabalhava no Fantástico - Foto: Globo

O documentário também aborda como a música tem sido utilizada como uma forma de terapia e fonte de alegria para Kubrusly. Apesar dos desafios impostos pela DFT, momentos musicais proporcionam um contato direto com as emoções do jornalista, preservando sua essência e memória afetiva. Beatriz compartilha que a música ajuda a povoar o cotidiano de Kubrusly com experiências positivas, trazendo leveza a uma rotina marcada pela doença.

A produção da Globoplay convida o público a refletir sobre a complexidade da mente humana e a singularidade de cada indivíduo ao enfrentar condições neurodegenerativas. Mais do que uma biografia de um jornalista renomado, o documentário é um tributo à resiliência e à importância de encontrar beleza e sentido mesmo diante dos desafios impostos pela vida.

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