Cidades da região sudeste tem “sol vermelho”, entenda o motivo

Fenômeno é causado por queimadas e poluição, refletindo a baixa qualidade do ar na região.

Nos últimos dias, moradores de diversas cidades na região Sudeste do Brasil têm observado uma mudança incomum na coloração do sol ao amanhecer e entardecer, com o astro apresentando um tom avermelhado. Esse fenômeno está diretamente relacionado às queimadas que têm ocorrido em várias regiões do país, incluindo o interior de São Paulo, o Pantanal e a Amazônia.

Especialistas explicam que a cor do sol é um reflexo da qualidade do ar, influenciada pela intensidade da reflexão das partículas de poluição. O tom vermelho do sol indica que a atmosfera está saturada de poluentes, distanciando-se significativamente dos níveis ideais de pureza.

A mudança na coloração é mais perceptível quando o sol está próximo ao horizonte, no início e no fim do dia, momento em que o efeito do reflexo das partículas se intensifica. Além do sol vermelho, a poluição pode também conferir ao céu um tom amarelado, afetando vastas áreas do território brasileiro, variando conforme a localidade.

Dados recentes indicam que, entre quinta (22) e sexta-feira (23), foram registrados 2.316 focos de incêndio no estado de São Paulo, um número sete vezes maior em comparação ao mesmo período do ano passado. Em Minas Gerais, o cenário é igualmente preocupante, com o número de queimadas atingindo o maior patamar dos últimos cinco anos, representando um aumento de 50% em relação a 2023. Segundo o Corpo de Bombeiros, 90% dos incêndios são atribuídos a ações humanas.

Além das queimadas, outros fatores como a falta de chuvas e a poluição gerada nos centros urbanos também contribuem para o fenômeno do sol vermelho.

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