De cachorrinha envenenada a nome diferente: Fatos curiosos sobre a vida de Cid Moreira

O jornalista trabalhou por 26 anos na TV Globo, sendo o primeiro apresentador do Jornal Nacional, onde construiu grandes histórias

Um dos grandes talentos da TV brasileira  morreu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos. Cid Moreira construiu uma grande história em frente as câmeras, mas era nos bastidores que muitas dessas narrativas curiosas surgiam.  

A começar pelo nome pouco comum, que chamava atenção dos telespectadores, então o jornalista resolveu provar que ele não havia aderido a mudança de nome e mostrou a identidade onde o nome Cid Moreira aparecia.

"Boa tarde, pessoal, tudo bem?! Tudo em paz? Eu, por aqui, seguindo em frente e em paz, graças a Deus! Olha só, estou mostrando a identidade para falar, de novo, que meu nome é Cid Moreira, mesmo. Prazer em conhecê-los! Vocês gostariam de mudar o nome de vocês? Me contem se ficaram contentes com as escolhas de seus pais! #nomeestranho #meunome #eunaogosto", disse ele na época.

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Cid Moreira trabalhou por 26 anos na TV Globo - Foto: Reprodução/TV globo

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Outro fato curioso, que ficou marcado na TV Brasileira foi o dia em que o âncora do Jornal Nacional apresentou o programa na bancada de short. Durante uma participação no Altas Horas em 2023, ele explicou a atitude.

Caiu uma chuva imensa, a estrada fechou e precisei voltar por outro caminho. Quando cheguei, faltavam alguns minutos para o jornal ir ao ar. A Alice Maria, diretora na época, estava comendo as unhas e o Leo Batista já estava na bancada (para me substituir)”, lembrou ele na época, justificado o motivo de não ter trocado de roupa.

O jornalista também amava se dedicar a locução e chegou a narrar a Bíblia inteira: “Quando deixei a bancada do jornal, abriu-se uma lacuna e eu não sabia o que fazer. Recebi o convite para gravar o novo testamento. Gravei e na sequência foram surgindo outros convites. Foi um grande sucesso e eu me perguntei: por que não gravar a bíblia toda? Levei seis anos gravando e hoje se não fosse essa ideia minha, não teríamos a bíblia gravada”, contou ele.

Com uma voz marcante, Cid chegou a revelar durante uma entrevista o segredo que usava para cuidar das cordas vocais:Sempre usei alguma coisa. Na época do sal, usava esse sal marinho. Todo mundo sabia que eu tinha aquilo e os colegas do rádio vinham pedir uma pitadinha, até o Chico Anysio. Eu fui evoluindo. A cantora Elizeth Cardoso me sugeriu usar cravo da índia. Fui testar e gostei, aí comprei um vidrão e fiquei conhecido como o fornecedor de cravo da índia. Eu botava o cravo [na bochecha] e sabe o que ganhei com isso? Uma gengivite violenta e parei com o cravo da índia. Então adotei o gengibre. Mas um dia eu estava apresentando o jornal e o gengibre escapou da minha boca”, contou ele com bom-humor.

Nem todos os episódios da vida de Cid Moreira foram positivos e um que marcou negativamente foi a morte por envenenamento de sua cachorrinha: "Certa vez, eu estava anunciado, durante o JN, um 'bandido' perigoso que havia sido pego pela polícia. E, no dia seguinte, a viralatinha que eu amava apareceu morta envenenada. Corri com ela para o veterinário e não adiantou. Dois dias depois, mais uma morreu. Ela apareceu, pela manhã, quase morta na porta de minha casa. Arranhando a porta e grunhindo. Fiquei muito assustado, é claro! Chegando à TV naquela tarde, encontrei uma colega jornalista que me disse o seguinte: 'Estive lá em Bangú e um preso perguntou para mim como estavam as cachorras do Cid Moreira. O que aconteceu?' . Eu contei para ela e daí decidi e me mudei em uma semana para bem longe. O bandido disse à repórter que o pai dele havia sofrido um infarto, porque o filho foi chamado de bandido pelo Cid Moreira! Vejam só!", escreveu ele.

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