Entenda o caso de brasileira diagnosticada com doença rara que alterou a cor de sua pele
A cearense Sabrina Gomes, de 24 anos, enfrenta as graves consequências do timoma e da Síndrome de Cushing, que a afetam desde 2015
O caso de uma jovem de 24 anos do Ceará tem chamado atenção na web. Sabrina Gomes viu sua vida mudar completamente após o diagnóstico de timoma em 2015, quando tinha apenas 15 anos. O timoma gerou a Síndrome de Cushing, que fez com que a cearense mudasse a cor da pele em pouco tempo.
O Fantástico fez uma matéria com a jovem e explicou detalhes do caso intrigante. O timoma é um tipo de tumor raro no tórax, que provoca, entre outras consequências, o aumento na produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Este hormônio é naturalmente produzido pelo corpo humano para regular diversas funções do organismo e afeta diretamente as glândulas adrenais, que são dois pequenos órgãos localizados acima dos rins.
Por conta desse excesso de ACTH, os níveis das glândulas adrenais também aumentaram, o que provocou uma produção excessiva de cortisol no corpo de Sabrina. Em doses normais, o hormônio cortisol é fundamental para o controle do estresse, inflamações, fortalecimento do sistema imunológico e regulação da glicose no sangue.
O que a Síndrome de Cushing pode causar?
Com o excesso de cortisol no organismo, Sabrina foi diagnosticada com a Síndrome de Cushing. Ainda em 2015, ela começou a sentir os primeiros sintomas, que foram inchaço e manchas escuras pelo corpo. Ambos os diagnósticos da cearense causam dificuldades respiratórias, insuficiência renal, pressão alta, distúrbios metabólicos e podem até mesmo mudar a tonalidade da pele, como aconteceu com Sabrina.
Ordem cronológica dos fatos
Entre 2015 e 2017, a jovem passou por uma cirurgia para a retirada do timoma, mas, após algum tempo, Sabrina voltou a sentir os sintomas da doença, e foi descoberto que o tumor havia voltado a crescer. Entre os sintomas estava o escurecimento da pele, que se agravou rapidamente.
Em 2022, ela passou por uma nova cirurgia, desta vez para a retirada das glândulas adrenais. Contudo, apesar de resolver o excesso de cortisol, a retirada acelerou o escurecimento da pele de Sabrina, e o tumor continuou crescendo, chegando a 17 centímetros neste mês de novembro.
Neste ano, Sabrina e sua família continuam lutando pela cura. Ela passou por uma cirurgia para realizar dois procedimentos: drenar a água do pericárdio (membrana que envolve o coração) e alargar a traqueia, que está sendo comprimida pelo tumor. A paciente também está buscando um tratamento sugerido pela equipe médica, que envolve o medicamento lutécio. A substância possui uma carga radioativa capaz de atacar as células do tumor. Apesar de ser caro, o tratamento parece promissor, e a jovem tenta arrecadar dinheiro para realizá-lo