Prefeitura demite equipe da UPA após paciente morrer sem atendimento no Rio

Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu demitir os 20 profissionais de saúde que estavam de plantão na UPA quando José Augusto Mota Silva morreu

Equipe demitida da UPA da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, é alvo de investigação após a morte do paciente José Augusto Mota Silva, ocorrida na última sexta-feira (13). A Prefeitura confirmou a demissão de 20 profissionais que estavam no plantão no dia do ocorrido. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a decisão foi tomada devido à responsabilidade compartilhada no atendimento aos pacientes da unidade.

José Augusto, garçom de 26 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória enquanto aguardava atendimento. Segundo relatos da família, ele chegou à unidade pedindo ajuda e gritando de dor, mas não recebeu assistência médica.

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Segundo o portal G1, o secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, declarou que as demissões ocorreram porque “a responsabilidade pela atenção dos pacientes, classificação de risco e fluxo é compartilhada por toda a equipe de plantão”. A Prefeitura informou ainda que está analisando as imagens das câmeras de segurança e os prontuários para concluir a investigação interna.

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José Augusto Mota Silva morreu esperando atendimento - Foto: Redes Sociais

Além das medidas administrativas da Prefeitura, a Polícia Civil do Rio abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da morte. O caso está sob responsabilidade da 41ª DP (Tanque), que realiza diligências para esclarecer os fatos.

De acordo com a Polícia, a necropsia do corpo de José Augusto está sendo realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, e o laudo oficial deve ser divulgado nos próximos dias. Até o momento, a causa da morte não foi confirmada.

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José Augusto Mota Silva morreu esperando atendimento - Foto: Redes Sociais

O velório de José Augusto ocorreu no domingo (15), em Mogi Guaçu (SP), cidade natal da vítima. Durante a cerimônia, o pai do garçom relatou que o filho buscou ajuda na UPA, mas não recebeu atendimento, mesmo em situação de forte dor. O episódio gerou grande comoção entre familiares e amigos, além de mobilizar discussões sobre a responsabilidade no atendimento em unidades de saúde.

A morte do paciente reacendeu debates sobre a qualidade do atendimento nas UPAs do Rio de Janeiro. O secretário Daniel Soranz reforçou que medidas administrativas rigorosas continuarão sendo aplicadas em casos semelhantes. Já a Polícia Civil segue com a investigação para determinar eventuais responsabilidades criminais na conduta da equipe demitida.

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