Nos últimos dias, a população ao redor do mundo vem se atentando com a volta de uma doença já conhecida, mas que parece estar atingindo escalas maiores: a mpox, ou varíola dos macacos.
Na última semana, a Organização Mundial da Saúde, chegou a declarar a doença como “emergência de saúde global”, ou ESPII. Até o momento, a monkeypox já soma 15 mil pessoas com a doença e 537 mortes.
Atualmente presente em 13 países, o vírus já havia sido considerado como uma emergência global em 2022, quando chegou a atingir 70 países, mas a situação foi contornada e regrediu em maio de 2023.
A grande preocupação agora, vem com a rapidez em que esta nova variante vem chegando ao mundo em 2024. O aumento é de cerca de 160% de um ano para o outro, de acordo com dados divulgados pelo portal UOL.
No Brasil, o Ministério da Saúde já chegou a declarar que o risco de contaminação é baixo. Ainda assim, brasileiros estão demonstrando preocupação e sugerindo o surgimento de uma nova pandemia, como ocorreu com a Covid-19.
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Mpox pode se tornar uma nova pandemia?
Na última terça-feira (20/08), o diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, esclareceu que a nova situação não pode ser comparada com a crise gerada pela Covid-19.
Em sua declaração, o diretor apontou a importância de encarar a situação conforme o que já foi vivenciado no passado: “Então, escolheremos colocar os sistemas em prática para controlar e eliminar o mpox globalmente? Ou entraremos em outro ciclo de pânico e negligência?”.
Mitos e verdades sobre a mpox
Diferente da doença causada pelo coronavírus, a mpox é transmitida, principalmente, pelo contato com lesões na pele, secreções respiratórias ou por objetos pessoais contaminados.
Além disso, o novo surto não é transmitido por macacos. Seu nome antigo teve origem na descoberta inicial do vírus, em macacos avaliados por um laboratório dinamarquês em 1958.
A chegada de uma vacina brasileira contra a doença também está próxima. O Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), já revelou estar em suas últimas fases no desenvolvimento de uma vacina nacional contra a mpox.
De acordo com o centro, o próximo passo é o teste em humanos: “A equipe está produzindo o chamado Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) para enviar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, assim, receber o sinal verde para começar os testes em humanos”.