A Suécia confirmou nesta quinta-feira (15) o primeiro caso de mpox do tipo mais grave, Clado 1b, que recebeu recentemente o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). O caso foi identificado em um paciente que contraiu a infecção durante uma viagem à África, onde a variante Clado 1b tem causado um aumento significativo nos casos.
Origem e propagação da variante clado 1b
A variante Clado 1b, responsável pelo surto atual na África, foi identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo em setembro de 2023. Este é o primeiro caso documentado fora do continente africano. A OMS expressou preocupação com a rápida propagação desta variante, especialmente em ambientes de contato próximo, como entre crianças.
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Diferenças entre as variantes do Vírus Mpox
Além do Clado 1b, o vírus mpox possui outras três variantes: Clado 1a, Clado 2a e Clado 2b. A variante Clado 1a, encontrada na Bacia do Congo, tem uma taxa de mortalidade de até 10% e é transmitida principalmente por roedores, enquanto Clado 2a é comum na África Ocidental, com baixa mortalidade. O Clado 2b foi o causador do surto global de 2022, incluindo casos no Brasil.
Impacto e resposta internacional
A descoberta do Clado 1b na Suécia é um novo desafio para as autoridades de saúde, uma vez que a virulência e capacidade de transmissão desta variante ainda não são totalmente compreendidas. Cientistas estão investigando se as diferenças na gravidade da doença entre as variantes são causadas por fatores genéticos do vírus ou por condições ambientais e comportamentais.
Mudança de nome e estigma associado
A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, teve seu nome alterado pela OMS para reduzir o estigma e o racismo associados ao nome original. A mudança foi feita após um processo de consulta pública e foi motivada pelo fato de que o surto de 2022 não teve relação com macacos, mas sim com a transmissão entre humanos.
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