Saiba como vivia o ex pugilista Maguila, falecido nesta quinta-feira (24)

Maguila, ex-campeão de boxe, faleceu após enfrentar longa batalha contra doença neurodegenerativa

Morreu nesta quinta-feira, 24, aos 66 anos, o ex-boxeador José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila. Desde 2017, ele vivia em uma clínica em Itu, no interior de São Paulo, onde tratava uma encefalopatia traumática crônica (ETC).

A última aparição pública de Maguila foi em julho, quando ele apareceu ao lado da esposa, Iran Pinheiro, com quem foi casado por 41 anos. Na ocasião, o ex-boxeador participou de um evento no instituto que leva seu nome, o qual há mais de 15 anos realiza trabalhos com jovens na periferia de São Paulo e região. Em maio, ele também apareceu nas redes sociais fazendo aula de boxe na clínica.

A morte foi confirmada por Iran Pinheiro, em entrevista ao canal de TV "Record". "Ele ficou 28 dias internado, e a gente procurou não falar com a imprensa, porque eu procurei cuidar da minha família. Maguila estava há 18 anos com encefalopatia traumática crônica. Há 30 dias, foi descoberto um nódulo no pulmão. Ele sentiu muitas dores no abdômen, tiraram dois litros de água do pulmão, mas não conseguimos fazer a biópsia", disse ela.

Maguila sofria dos efeitos da encefalopatia traumática crônica (ETC), uma doença incurável causada pelos golpes sofridos na cabeça durante sua carreira como boxeador. Em 2018, a família do ex-lutador chegou a ser acusada de abandoná-lo em uma clínica, o que foi negado por eles.

Desde 2021, Maguila mantinha perfis no Instagram e TikTok, onde compartilhava sua rotina na clínica, a evolução no tratamento e matava a saudade dos fãs.

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Maguila na Clínia em momento de treino e descontração | Reprodução: Internet

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José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, lutou profissionalmente entre 1983 e 2000, realizando um total de 85 lutas oficiais, com 77 vitórias, sete derrotas e um empate. Em 1995, tornou-se o primeiro brasileiro campeão mundial dos pesos pesados após vencer uma luta pela Federação Mundial de Boxe. Encerrou a carreira profissional em fevereiro de 2000, após uma derrota por nocaute.

Em 2014, Maguila foi diagnosticado com encefalopatia traumática crônica (ETC), conhecida como "demência pugilística", uma doença neurodegenerativa progressiva que causa declínio cognitivo, alterações de comportamento e problemas de memória devido aos repetidos golpes na cabeça.

Entre 2014 e 2016, Maguila passou por três clínicas, obtendo melhoras significativas na fala, locomoção e comportamento. Em 2017, ele se mudou para uma clínica em Itu, onde fez um tratamento paliativo com o uso de canabidiol.

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