Na última terça-feira (08), o X (antigo Twitter) voltou a funcionar no Brasil após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A rede social estava bloqueada no país após a empresa de Elon Musk descumprir algumas exigências impostas pela Justiça.
Com isso, a plataforma ficou suspensa por mais de um mês e, neste período, os usuários brasileiros acabaram migrando para o Bluesky – uma rede social semelhante, criada por Jack Dorsey, em 2022.
Apesar do espaço ter agradado a muitos, alguns logo optaram por voltar para o X, mas, para a executiva do Bluesky, a volta da plataforma concorrente não atrapalha os planos da rede para o Brasil.
“Quando o Brasil nos escolheu, mostrou ao mundo que o Bluesky era a opção de uma comunidade engajada. O Bluesky pode dar apoio para muitas pessoas, e sabemos que muitos brasileiros vão se manter leais a nós”, disse Rose Wang, diretora de operações da rede social, em entrevista à CNN.
“Foi um salto muito grande para uma rede social relativamente nova. E esse entusiasmo do Brasil, que veio todo de uma vez, nos surpreendeu por termos sido escolhidos como a preferência”, acrescentou a executiva.
Wang ainda destaca que o principal diferencial do Bluesky é a sua essência mais próxima do que era o antigo Twitter. “Buscamos resgatar o mundo do antigo Twitter. Essa era uma realidade em que a empresa era mais aberta e mais próxima dos criadores de conteúdo”.
Por isso, a executiva também deixa claro que o Bluesky não é um "simples reflexo" do X, já que eles adotam práticas diferentes, inclusive a moderação de conteúdos para garantir a segurança de quem usa a rede.
Mesmo que os usuários do Brasil possam abandonar o Bluesky, a diretora de operações afirma que não está em seus planos virar as costas ao país. “Sabemos o quão sociais os brasileiros são e vamos continuar lançando ferramentas para atender a demanda dos usuários”, pontua Wang.
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