Deolane Bezerra e sua mãe são soltas após decisão da Justiça de Pernambuco

Tribunal de Justiça de Pernambuco ordena a soltura de Deolane Bezerra e outros suspeitos em investigação de lavagem de dinheiro e jogos ilegais

Deolane Bezerra, influenciadora digital e advogada, foi liberada pela Justiça após a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), na noite da última segunda-feira (23), em um processo relacionado à Operação Integration. A investigação apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, e a decisão do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão beneficiou, além de Deolane, sua mãe, Solange Bezerra, e o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da plataforma de apostas Esportes da Sorte.

O habeas corpus foi concedido em favor de Darwin Filho, mas a decisão do relator estendeu o relaxamento da prisão preventiva aos demais envolvidos no caso. A Operação Integration vinha investigando possíveis atividades ilícitas relacionadas à lavagem de dinheiro por meio de jogos online, resultando em diversas prisões. Entre os beneficiados pela decisão estão ainda outros nomes associados à investigação, como Maria Eduarda Quinto Filizola, Marcela Tavares Henrique da Silva e Edson Antonio Lenzi.

Os suspeitos, agora em liberdade, deverão seguir uma série de medidas cautelares impostas pelo TJPE. Entre as obrigações determinadas pelo desembargador, estão a proibição de mudarem de endereço sem autorização judicial, a obrigatoriedade de comparecimento à 12ª Vara Criminal da Capital dentro de 24 horas para assinatura de Termo de Compromisso e a necessidade de informar endereços atualizados. Além disso, os investigados não poderão se ausentar da comarca onde residem sem autorização da Justiça e devem evitar a prática de qualquer infração penal dolosa.

Imagem Deolane

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A decisão judicial também impõe restrições à atividade econômica dos liberados, impedindo-os de frequentar ou participar de decisões em empresas relacionadas à investigação da Operação Integration. O desembargador Eduardo Guilliod proibiu ainda qualquer publicidade ou menção a plataformas de jogos, mantendo os bloqueios de valores e sequestros de bens determinados pela Polícia Civil no decorrer da investigação.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também teve papel relevante na decisão. Em manifestação recente, o MPPE optou por devolver o inquérito à Polícia Civil, recomendando novas diligências no caso e a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares. A Procuradoria afirmou que ainda não há elementos suficientes para apresentar uma denúncia formal à Justiça, o que contribuiu para a liberação dos investigados.

Na decisão, o desembargador Guilliod Maranhão destacou a falta de convicção do Ministério Público em relação à denúncia. Segundo ele, a solicitação de novas investigações revela fragilidade nas provas de autoria e materialidade, o que levou à revogação das prisões preventivas. “A ausência de convicção manifestada pelo requerimento de diligências impõe a revogação das prisões preventivas determinadas”, afirmou o magistrado em sua decisão.

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